Na última quarta, diante do Atlético Mineiro, o goleiro fez verdadeiros milagres. No último minuto, duas defesas no puro reflexo.
"Senti um alívio quando vi que a bola não entrou. Estava atento e também tive um pouco de sorte",lembra ele. No lance, a bola ainda bateu no travessão. Um dia após o jogo, ao contrário de muitos, o jogador de 22 anos preferiu curtir os momentos de herói ao lado da família, em Lauro de Freitas. Na casa do sogro Hamilton Santiago, que é torcedor do Vitória, Omar se diverte. "Vim pra bater nele no dominó. Aqui é onde me sinto acolhido", diz o goleiro, cheio de graça.
Em 2008, após rodar por várias partes do país, Omar deixou a bola para ficar com a mãe em Trancoso. Por lá, vendeu até queijinho na praia para conseguir uma grana a mais. "Tinha um campeonato na cidade que custava R$ 30. Minha mãe me ajudou a pagar. Lá fui apresentado a um rapaz que era conhecido do Newton Mota (atual coordenador das categorias de base do Bahia). Fui pro Cruzeiro e depois vim pra cá".
No clube desde 2009, Omar fez 46 jogos. Nesse ano, 12 partidas, com oito triunfos e quatro empates. Invicto! O rendimento, apesar disso, ainda não é suficiente para garantir vaga no time. Marcelo Lomba, ídolo da torcida, acabou de renovar o contrato até dezembro de 2014 e será o dono da camisa 1 no jogo contra o Vasco, domingo.
Omar não se sente incomodado por isso e sabe que a sua hora vai chegar um dia. Ele faz questão de elogiar o companheiro. "Nossa relação é muito boa. É uma luta sadia, com um sempre colocando o outro para cima. No Bahia não existem só 11 titulares", diz. Lomba retribui o carinho. "Fico feliz pelo Bahia ter dois grandes goleiros. Omar é um amigo que eu tenho e todos os dias estamos juntos, querendo o melhor para o clube".
Assinar:
Postar comentários (Atom)

0 comentários:
Postar um comentário